Um poeta louco que sonha como poucos

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terça-feira, 1 de outubro de 2019

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Estrada bonita e florida

Na hora da despedida,
Não importam quais são os motivos da lda.
Sentimentos afloram
E um, ou os dois choram,
Mas não adianta a lágrima cair,
Pois o outro já se prepara pra ir.

Por dentro da imensa mata,
A pessoa que era próxima, hoje se afasta
Um caminho extenso de asfalto
A leva de mim, como se fosse um assalto.
Por aquela estrada sem fim.
Ela vai pra longe de mim.

A estrada é bonita e florida,
Mas leva e traz pessoas de vida sofrida.
Pra longe da dor,
De ter perdido um grande amor.
Por isso o caminho apesar de bonito é triste
E a tristeza, mesmo no meio de tanta beleza persiste.

A estrada bonita e florida,
Traça novos rumos para cada vida.
Um vai na direção do mar,
Enquanto o outro não sabe onde vai chegar.
Um no mar chegou
E o outro no interior do país se encontrou.

Gui Batista

Florescer da vida



As flores brotam
Mudando as cores
Do caminho
Desabrocham
E se abrem
Colorindo
Nossos rumos
Com carinho

Violetas e azuis
Amarelas, vermelhas
A frente
A imensa trilha
As vezes de asfalto
Outras
De terra marrom
Lá encima um céu azul
Com nuvens brancas
Iguais as que víamos
Na velha infância
Despertando
Nossa imaginação

Olhe aquela nuvem
Sua forma
Lembra
Um violeiro
Tocando canções
Ouço a melodia
Falando de flores
De quantos amores
Existem
Pisando o mesmo chão
Corações separados
Com ponteiros atrasados
Tentando adiantar
As horas,
Almejando viver
Os minutos
Desse tempo
Dissoluto
Sem perder
Nenhum minuto

A margem
Da nossa estrada
Da nossa viagem terrena
Existem detalhes
Que podem mudar
Tudo em nossas vidas

Se atente
Viva o presente
Quando a gente
Menos espera
Os ponteiros
Se acertam.

Gui Batista

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Momentos inesquecíveis
Marcam vidas
Raras e perecíveis.

Gui Batista

quinta-feira, 17 de março de 2016

Amigo desaparecido

É triste, 
Mas é a cruel realidade
Desapareceu 
Sem falar nada
Foi aos poucos se afastando
E quando dei conta,
Mais um amigo sumiu.

Não brigamos,
Nem falamos que nos amávamos
Simplesmente deixamos
Que o tempo passasse
E cada dia que passava
Mais a ausência aumentava.

Cheguei até pensar em acreditar
Em Clarice Lispector
Quando ela fala:
"O adulto é triste e solitário"

Mas não me entreguei,
Pois sei que
Amizades verdadeiras
Sempre vão aparecer
E reaparecer.
Gui Batista

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Semente de paixão

Parece semente
Querendo brotar
Invisível semente
Querendo mudar
A terra da gente
Ela quer brotar
e nos habitar
Parece semente
Transpassando
O chão da gente
Causando
Dor inexistente
Parece semente
Que cai
No coração da gente
Que brota a noite
E cresce de dia
Se vingará
Ninguém sabe
Só o que nos resta
É regar e cuidar.
Gui Batista

Sentimento guardado

A boca silenciou
E o coração
Gritou

Despertou o sentimento
Que um dia
No relento adormeceu
E se acomodou

Na madrugada da vida
Se escondeu
Mas ao amanhecer
De um novo dia
O sentimento guardado
Reapareceu.

Gui Batista

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Maluco de estrada (Gui Batista)

Precisei mais uma vez
Pirar minha cabeça
Pra desrosquear
O  parafuso derradeiro
Que me prendia  a você

Desci a serra
Fui pra praia
Lá pro alto eu subi
E no topo da montanha
Não mais te ví

Te esquecer tentei
Fui longe pra valer
Acho que desta vez
Eu consegui
Mas tive que me perder

Me joguei
Mais uma  vez
Na estrada que não tem fim
Nem liguei
Para o que iam dizer de mim

Desparafusado me tornei
Caminhante  sem destino
Um maluco de estrada
Mas do meu peito
Te arranquei.

domingo, 31 de janeiro de 2016

O que me falta


Me falta a areia nos pés,
O sal na boca
E o sol na cabeça.
Me falta o verde do mar,
Da mata
E do barco
A balançar.
Me falta o rio
A beira mar.
Me falta a maresia,
O vento
Vindo do mar.
Me falta a magia
De um simples povo,
Que se contenta
Em apenas amar.
Me falta a essência
Do mar,
Mas eu continuo
A sonhar.

Gui Batista

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Pode-se

Pode-se
(Gui Batista)

Pode- se andar
Sem preocupações
E sem se submeter
As ordens do destino

Pode- se ser diferente
E não querer a mesma vitória
Imposta como a mais normal
Por uma sociedade
Que só visa o material

Pode- se viver o meio
Sem pensar no final
Sem desperdiçar
O tempo real

Pode- se ser desinformado
Nesse mundo que insiste
Em te informar
Somente
Notícias do mal

Pode-se ser louco
Por que ninguém
É completamente são
Pra poder te julgar

Pode-se ser o que se é
Pois assim
Seremos verdade
Em meio a tantas mentiras

Pode-se ser humilde
Pois a humildade
Será para do mundo
A salvação.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Mensagem para um cafajeste

Uma coisa aprendi
Com todos os erros que cometi
Mulheres são pérolas
Merecem o melhor
Não pense só em você
Pense nelas também
Respeite e cuide
Pois quando o coração dói
Por causa da mágoa
A ferida que se cria
Demora pra cicatrizar
Por favor pense bem
Antes
De alguém machucar.
Gui Batista

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Perdido nas estradas


Um vira lata foi como eu me senti, abandonado em um posto de gasolina na beira da estrada e de tanto me sentir assim, comecei realmente a me transformar em um cachorro. Pensei em ser um pit-bull para aproveitar minha cara fechada e espantar as ameaças que podiam aparecer, mas pensei que com a cara de poucos amigos, poderia era é afastar os que se aproximavam. Então veio a mente ser um puddle branquinho, igualzinho aqueles de apartamento, mas logo tirei essa ideia da cabeça, imagina eu em posto no meio do nada, pulando em todos que passam a minha frente, quase que implorando carinho e atenção, definitivamente não ia rolar.
Passei dias com a dúvida cruel, perdi noites de sonos, andei perdido pelas redondezas e por fim aceitei ser aquilo que no fundo eu sabia que eu era. Falei comigo mesmo: “Agora eu não apenas me sinto, eu sou um vira lata”.
Assumir minha condição me fez enxergar o mundo diferente, o posto não era mais qualquer lugar no meio do nada, agora era o meu lar. Ficava em uma BR movimentada, mas ao mesmo tempo em que muitos carros, caminhões e ônibus passavam, eu tinha a paz e tranquilidade de ser um dos poucos moradores dali.
O posto era pequeno, ao todo eram oito bombas de abastecimento, o chão de cimento com alguns buracos pequenos e outros grandes, quando chovia poças se formavam, as cores do telhado, das paredes e de tudo mais que levasse algum tipo de tinta, estavam tão desbotadas que quase não eram reconhecidas pelos viajantes que estavam perdidos e procuravam o Auto Posto Vermelho e branco. Sim o posto tinha as mesmas cores descritas no nome, mas por falta de manutenção, limpeza e pintura, alguns passavam batido por não reconhecerem aquela parada tradicional.
Ao fundo um restaurante que em outros tempos fora premiado por ter a melhor comida de estrada, naqueles dias só servia o trivial, mas não o da região e sim o de outra, o trivial que os novos donos conheciam.
Eu por varias vezes sentei ao lado da escadinha que dá acesso ao restaurante e observei o entra e sai de turistas, na maioria das vezes saiam reclamando que a comida não era mais a mesma, que o lugar tinha virado uma espelunca e que se não fosse a tradição não tinham parado ali.
Quando me assumi um vira lata, comecei a conversar com os frentistas, eles passaram a me cumprimentar e me fornecer água da torneira em um pote feito de lata. Ficava o dia todo ouvindo cada um deles contarem suas histórias...
Continua

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Flor mineira

Flor mineira
(Gui Batista)
Enraizou num chão impermeável
Onde não mais se via o marrom da terra 
Mas sim a cor do asfalto
A casa do pai não tinha mais
Na cidade grande procurou um canto
Se abrigou num cortiço junto com outros retirantes
Vindos daquele mesmo lugar
Que nunca saiu e nem sairá da sua cabeça
Ah Zona da Mata Mineira
Ah Ubá cidade carinho
Lá ela foi criança e virou moça
Na escola se formou
Um dia se casou
Filhos pensou em ter
E logo veio a gravidez
Do primeiro e do segundo
Veio também a mudança de condição
A falta de dinheiro
E a vontade de deixar
Pra trás a querida cidade
E ganhar a imensidão
Pra São Paulo
A moça simples migrou
De repente mais um filho brotou
E na terra da garoa
Onde parecia não nascer flores
Uma flor de mulher desabrochou
Arranjou trabalho
E entre idas e vindas
Na grande metrópole
A guerreira se fixou
Hoje ela olha contente
Pra tudo que passou
As batalhas foram muitas
Todas as dificuldades
Com muita fé ela superou
E por isso
Com a medalha da vitória
Deus a agraciou.

Por trás do sorriso



Atrás de todo sorriso
Há um pouco de tristeza
Sorriu pra mim a natureza
Que mesmo desmatada
Minha alma sempre afaga
Com sua beleza

E partiu mais um guerreiro
Entre um sorriso e outro
Percebe-se o desespero
Sozinho vai ficar
Em um outro vilarejo
Longe da família
Ele foi ganhar o pão
E viver uma passageira solidão
A esposa carinhosa
Ri pra não chorar
Toma conta dos filhos
Aguardando ansiosa
A hora de pra lá
Também poder voar

E sorrir nunca foi fácil
Pro poeta que vos fala
Mas quando mostro os dentes
Sei que na verdade
Atrás de todo sorriso
Há um pouco de tristeza.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Contribua com qualquer valor para a publicação do meu livro

Apoie um poeta viajante, pois assim uma estrada surgirá entre nós e nossos corações se tornarão mais acessíveis.
Escrevo desde os seis anos de idade, a minha maior paixão sempre foi escrever meus pensamentos e sentimentos. De uns tempos pra cá, comecei a mostrar meus textos pela internet e recita-los em alguns bares por onde passei, mas o meu maior sonho é ver minha poesia publicada em um livro de papel.
Já entrei em contato com varias editoras, enviei meu trabalho, mas ainda não fui analisado e não tive retorno e nem sei se serei.
Decidi então assumir o papel de artista independente, é uma coisa muito difícil, mas se eu estou há tanto tempo nessa estrada escrevendo sem parar, é por que tem que ser assim e eu não irei desistir.
Para editar e publicar meu livro precisarei de grana e é por isso que venho aqui pedir a ajuda de vocês. Conseguindo atingir o objetivo, pretendo distribuir os livros a um valor acessível. Pretendo iniciar comercialização em São Paulo para levantar uma verba e então partir pra outras cidades e estados.
Conseguindo concluir esse projeto, iniciarei outro que é viajar pelo Brasil, conhecendo todos os cantos para assim poder escrever sobre o tema que mais amo, sobre a estrada e os lugares onde ela pode nos levar, tentarei descrever com detalhes as particularidades de lugares e pessoas do nosso Brasil.
Para saber como ajudar entre em contato pelo e- mail guilhermebatista_emidio@hotmail.com ou pelo face Gui Batista Emidio

Conto com vocês.


Gui Batista

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Hora de seguir


Hoje eu acordei
Desapeguei 
Parei de procurar
O causador
O que causa a dor
Me acostumei
Com o que restou
E a cicatriz
Foi o que ficou
Vou encontrar
O que me fará feliz
Sem olhar para trás
Pra me libertar
Eu quero ser feliz
O que passou
Passou
Agora eu entendi
É hora de seguir
Levante a cabeça
Abra seu coração
Olhe para o presente
Pois o futuro
É sua construção
E o passado está pronto
Pra demolição
Vou encontrar
O que me faz feliz
Não olhar para trás
Pra me libertar
Eu quero ser feliz
O que passou
Passou
Agora eu entendi
É hora de seguir.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

O inverno chegou

Uma xícara de café                                                                                                                                   Gole a gole
Ele tomou e se animou
Fazia frio no fim do outono
A cidade mais cinza ficava
A garoa caia
O vento cortava
E olha que ontem
Fazia calor

O tempo virou de repente
Enquanto um pouco da vida
Passou

E aquele homem
Que ama o sol e a estrada
Se contentou
Com o que estava por vir
Pensou em se acostumar
Pois no sul de sua vida
O frio é forte
E lá ele vai ter que se adaptar

O inverno chegou.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

O castigo do garimpeiro


Me perdi no caminho
Agora tento me encontrar
Procuro em tantos lugares
Mas meu coração
Sempre é levado de volta
Ao diamante
De cabelo encaracolado
Que um dia encontrei
Mas deixei de lapidar

O diamante se auto lapidou
O cabelo que era enrolado
Hoje liso ficou
A beleza aumentou
Sua vida segue a todo vapor
A minha também

Perdi no caminho
Um pouco de mim
Por isso sigo sozinho
Mas lembro do que se foi

E por um momento
Sinto-me como um vulcão
Prestes a explodir
É quando entro em erupção
A lava salgada
Dos meus olhos escorrem
Numa tentativa frustrante
De esvaziar a mente
E o coração

O diamante se foi
Pelo furo da peneira
Que o próprio garimpeiro
Com os seus descuidos
E sua desatenção
Criou.

Gui Batista

terça-feira, 28 de abril de 2015

Vamos trocar


Não viva só pra receber
Contribua com a situação
Coisas boas podem acontecer
Somente visar a própria vitória
É deixar o egoísmo prevalecer
Sem você notar
Já rebaixou meu modo de viver
Falando que o seu é melhor que o meu
A humildade em muitos
Desapareceu
Vamos trocar informações
Aceito sugestões
Compartilhe seu pensamento
E me faça evoluir
Que eu te ajudo

Um mundo novo construir.

Gui Batista

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Mudança inevitável


Olhe seu bairro 
Veja 
Ele não mudou
Em nada
Quem mudou 
Foi 
Somente você 
E seus amigos
O tempo passou
E nos
Distanciou.

Gui Batista

Dois pássaros

Pousaram aqui 
cantaram em minha janela
acalentaram minha alma
me transportaram
para o interior
e depois partiram
mas por algum tempo
eu ainda ouvi a cantoria
do casal de passarinhos
a revoar.
Gui Batista

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Falsa verdade

aceitou tanto
sua dura realidade
que ela se tornou
pra ele
uma falsa
verdade.

Gui Batista

segunda-feira, 30 de março de 2015

Cadê as flores?

O cheiro das flores
Antes sentido
Em qualquer lugar 
Hoje se ausentou
E agora
Temos que ter sorte
Para sentir
Se por um acaso
Perto delas
Passarmos.
Gui Batista

Renovação



Já não me lembro
Da última viagem que fiz
E retornei o mesmo
Da hora que parti

A estrada é assim
Cada lugar que vou que fui
E até mesmo os que só passei
Minha alma se renovou
E a tristeza no regresso
Hoje é controlada

Já teve tempos que
Ao findar de uma viagem
O choro em meu rosto
Brotava e demorava a cessar

Hoje me conformo
Uma viagem só chega ao fim
Para que outra possa começar
E com isso aprendi
Que não é preciso chorar

Assim me torno aprendiz
Das andanças que faço
Por aí eu sigo
A todo momento
Renovando minha diretriz.

Gui Batista 

segunda-feira, 2 de março de 2015

Muito se aprende na BR rumo ao sul

Ouvi uma frase que me instigou mais ainda a partir rumo ao sul, há muito tempo tenho pensado em sair do sudeste e rumar para novos lugares. Alguns dias atrás estava dando aula e um aluno me falou que no feriado iria viajar para Florianópolis, na hora e sem pensar perguntei se onde ele ia ficar dava pra colocar uma barraca no quintal ou se teria algum lugar pra mim e mais três dormirem, ele disse que ia ver com o irmão e me falava em outro momento.
Comecei a tentar juntar o pessoal da última viagem que fiz para Itamambuca em Ubatuba, falei sobre a ideia de ir pra Floripa e na hora os três ficaram empolgados como eu. Fui pra casa passei uma mensagem para um amigo que mora lá pra ver se conseguia uma casinha para nós quatro e fiquei aguardando o retorno.
Alguns dias se passaram, convidei outro amigo para entrar na trip, esse já experiente em ir para o sul, fiz o convite e na hora ele aceitou, disse que ia ser muito legal e que eu ia gostar. Fiquei feliz por ter mais um em nossa viagem, mas em seguida ele fez uma série de questionamento que me deixaram chateado.
Conversamos por mensagens por algum tempo e ele primeiro perguntou se os quatro ou cinco caras iam no meu carro, respondi que sim e quis saber o porquê da dúvida, aí ele me disse que ia forçar muito o motor, achava melhor não. Pensei comigo mesmo e lembrei que já tinha percorrido quase a mesma distância com mais três mulheres e suas bagagens e o carro foi muito bem. Depois ele veio com a ideia de que ele dirigiria nos pontos críticos e que o caminho era perigoso para eu ir dirigindo, falou que conhecia tudo e que já havia ido pra lá oito vezes, que não era fácil, disse que aquela estrada não é pra qualquer um e que um amigo dele levou um dia pra chegar lá enquanto ele faz em dez horas.
Prestei atenção em tudo e percebi que um pânico estava sendo criado em cima disso tudo, notei também que em vez de palavras de incentivo, estava recebendo o contrário, coisa que eu jamais faria com alguém que estivesse na empolgação que eu estava. Poderia até orientar, mas jamais colocaria medo dizendo que caminhões em alguns trechos empurram carros que estão a sua frente. Eu simplesmente alertaria dos perigos usando palavras de encorajamento.
Mas uma frase que ele disse me chamou atenção: “Se aprende muita coisa na BR rumo ao Sul”. Na hora que ouvi isso, decidi que iria dirigindo e com certeza aprenderia muito e nesse instante lembre-me de uma frase que ouvi um dia: “As tartarugas aproveitam muito mais os caminhos do que as lebres.” Percebi que não importava o quanto iria demorar pra chegar lá e nem quais seriam as dificuldades, eu simplesmente iria como sempre faço nas estradas, com muita cautela e respeitando os perigos. Não precisava chegar rápido, só precisava chegar.
Decidi deixar pra lá essa parte que me chateou e entrei em contato com o Marcio Misso para tentar achar um lugar para ficarmos. Mandei uma mensagem falando sobre um texto que havia publicado sobre uma viagem que fiz no passado e disse que estava escrevendo mais um, mas só conseguiria acabar de escrever se fosse para Florianópolis, por isso, precisava de um lugar pra ficar lá no feriado.
Aguardei ansioso a resposta que veio com boas novas: o lugar estava arrumado. Era um quarto com um beliche e uma cama de casal em uma das casas do Marcio que um dia fora meu aluno em uma das inúmeras academias que já dei aula. Ele cobrou um valor que para mim estava ótimo. Prontamente respondi a mensagem dizendo que ia confirmar tudo com os três amigos que iam comigo e logo confirmaria.
Falei com o Alan sobre os valores e ele sem pensar topou, na sequência o Rafa também confirmou depois de checar seu orçamento, o único que não tinha certeza era o Vitor, pois teria um compromisso na mesma data, mas ele ficou extremamente empolgado em abandonar o compromisso e juntar-se a nós.
Com a semana quase chegando ao fim, o Marcio que estava passando dias em São Paulo foi fazer um treino na academia onde eu trabalhava, conversamos muito, o apresentei para o Vitor e nesse momento, o pouco que faltava para convencer aquele que parecia ser o último a entrar em nossa barca rumo ao sul, foi feito pelo nosso anfitrião em Florianópolis quando trocou algumas palavras com o indeciso, mas quase certo em nossa viagem.
O fim de semana veio e passou, o clima se transformou e pela primeira vez naquele ano, realmente vi o outono se mostrar. Choveu, ventou, o céu acinzentou e a semana seguinte com frio começou.
Na segunda, confirmei mais uma vez com todos sobre a viagem e todos inclusive Vitor, confirmaram que iríamos todos juntos. Fui ao banco depositei a metade do valor cobrado e a partir daí não tinha mais jeito de voltar atrás.
Quando tudo estava fechado, eis que mais um integrante surge e agora seriamos cinco, quatro homens e uma mulher rumando para o sul de nossas vidas. Todos ávidos e ansiosos por essa que parecia ser a viagem do ano. Cada um em seu canto imaginando os caminhos, as estradas e seus encantos.
Continua em breve nessa mesma publicação...
Gui Batista

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Palavras

Palavras são ouvidas 
Sempre acompanhadas
Por outras palavras,
Dão origem a frases
Que formam músicas,
Poesias e livros.
São faladas,
Escritas e até gesticuladas.
São tudo, são nada
E voltam a ser tudo.
Amo as palavras
E sempre amarei.
Gosto de falar, de escrever,
De ouvir e de sentir.
Me encanto quando as leio
E às vezes choro
Quando as ouço,
Em uma estrutura linda
E bem ritmada.
Elas são muitas,
Mas às vezes parecem
Não existirem,
Quando se fazem ausentes
Na hora que queremos expressar
Tudo o que sentimos.
Elas cismam em não
Darem as caras,
Mas nessa hora
Que faltaram às palavras,
Vem um único olhar
E diz tudo.
Gui Barista

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Já é dezembro



Ouço um som, parece música ou algo querendo ser música. Vejo os dias nascerem felizes e irem mais além. Percebo pessoas sofridas colecionando cicatrizes e outras com vidas mais tranquilas, finalmente satisfeitas com o que tem.

Os semblantes já não são mais os mesmos, agora o sorriso sai mais aberto do que antes. Sinto que o frio deu lugar ao calor, mas com certeza em algum canto, hoje alguém chorou.

O mundo a essa altura flerta com o submundo, ameaça com ele se fundir, para assim quem sabe, converter todos os humanos em seres espirituais, mas muitos não dão o braço a torcer, seguem seus caminhos rodando em círculos e sempre voltam para suas gaiolas emocionais.

 Agora chego perto do fim de mais uma jornada. Viajando vou caminhante sou. Ouço um som cada vez mais nítido, mas aos poucos percebo que as misturas sonoras aumentam. Distinguir o que toca nesse momento, não sou capaz.

Passaram-se meses, muitas coisas aconteceram. Dor, alegria, dúvidas, certezas, necessidades, ausências, encontros, desencontros e muito mais. Tudo isso dentro de um parêntese que se abriu em um único dia lá trás, bem no início desse período composto por um tempo voraz.

Músicas alegres ecoam, pessoas se animam e esquecem das dores. É quase época de festas, hora de repensar tudo que vivemos, agradecer por tudo que aprendemos e planejar o que virá.

Pra a grande maioria, esse é o momento para corrigir erros deixados para trás, mas o que realmente sinto, é que infelizmente não podemos quase nada fazer em tão poucos dias.

O parêntese aberto já vai se fechar, mais um ciclo em semanas se encerrará e o que irá ficar é o que fomos e fizemos na caminhada.

Como você se portou? Você evoluiu?  Você reagiu e lutou contra o que te faz mal? Você fez valer o fato de estar vivo? Ajudou a quem precisava? Você se acomodou e em vez de caminhar assistiu a mais um ano acabar?

O som parou, já não o escuto mais. Tristemente percebo que muitos ao serem indagados, não resistiram e por conta de suas respostas não cantam mais. O pior que já é dezembro, não temos tempo pra mais nada, esse ano já foi e não voltará jamais. A euforia deu lugar ao silêncio na vida de quem não lutou.

Gui Batista

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Vivi ou sonhei

Olhei para um lado, olhei para o outro e não vi ninguém, logo vi que tinha tirado a sorte grande, pois a minha frente o mar estava clássico, ondas de tudo que era jeito, ondas grandes, pequenas, direitas, esquerdas, tubulares e com muito tempo de duração.  Corri pra água e comecei a remar, passei a arrebentação com uma facilidade que até eu mesmo não acreditei e olha que o mar estava bravo. Cheguei lá fora, sentei sozinho e vi a série entrar, remei na primeira onda, dropei e logo de cara peguei o melhor tubo da  minha vida. Na segunda onda dei aéreo, floater, várias batidas, muitas rasgadas e a onda parecia não acabar.
 O dia estava realmente incrível, nem vi as horas passarem, havia entrado no mar lá pelas oito da manhã, quando saí já eram quatro da tarde e eu estava morto de fome,  mas não me sentia cansado. Procurei um restaurante, pedi um prato trivial e aguardei tomando um suco. O prato chegou e tudo estava uma delicia, o arroz, o feijão, a salada e o peixe então hum. Foi uma ótima refeição pra um surfista com fome.
Depois de me alimentar voltei pra praia, sentei na areia para fazer a digestão e notei vindo do mar, uma mulher que mais parecia uma onda, devido às curvas de seu corpo escultural e queimado de sol. Ela veio, sentou-se ao meu lado e com uma voz macia perguntou meu nome, prontamente respondi que era Cody e ela disse que ficara o dia todo ali sentada me observando dentro do mar, disse que nunca viu ninguém surfar  como eu e me encheu de elogios.
Conversamos até o anoitecer, ela se chamava Keona, vimos o sol se pôr no mar,             presenciamos a subida da lua aos céus e quando eu estava lá todo feliz ao lado daquela que pra mim apareceu como uma princesa vinda dos mares, vi uma estrela cadente cruzar o céu e como uma criança fiz um pedido em segredo, pedi em meus pensamentos aquilo que mais desejava naquele momento e como num conto de fadas, choveu estrelas quando me virei para o lado e Keona me deu um beijou junto com um abraço apertado.
Depois disso tudo, desse dia maravilhoso, fui para casa e Keona também, mas    antes combinamos de nos reencontrar outras vezes no mesmo lugar. No caminho de  regresso para o meu lar, parei para tomar um pote de açaí em uma barraca havaiana, ali no meio do beco entre a praia e a estrada do Cambury. Olhando o cardápio, notei que cada opção levava o nome de uma mulher do Havaí e logo abaixo entre parênteses havia o significado dos nomes. Escolhi o de sempre, açaí com banana e o nome me fez tremer, pois era o mesmo da princesa que há poucos minutos conquistara meu coração. Li o significado que dizia assim: “ Presente estimado por Deus”.
Esvazie o pote, deixei a barraca havaiana para trás e percebi que tudo que vivi    naquele dia foi realmente um presente de Deus. Como num passe de mágica a minha  essência se separou da minha matéria física e flutuou três metros acima de mim mesmo,  observando o andar tranquilo de um surfista feliz da vida, carregando sua prancha  em baixo do braço, vestindo ainda sua roupa de borracha, altas horas da noite por aquele   beco iluminado e abençoado.


Gui Batista    

Visões de uma caminhada



            Andando pelo caminho a pé como há muito tempo não fazia, pensei em fazer a    parada rotineira para um café, mas antes de parar, ao meu lado andando eu avistei a moça que um dia vira trabalhando na padaria, era a confeiteira. Aumentei meus passos para acompanha-la e ver de perto aquelas lindas mãos que já me encantara desde o primeiro bolo que me servira um dia.
A moça dos confeitos parecia estar com pressa, pois suas passadas eram vigorosas como as de quem tem hora marcada e não quer se atrasar. Eu, que minutos  antes andava calmo, olhando tudo ao meu redor, mudei o ritmo do caminhar, mas antes vi e senti que as ruas são mais bonitas quando se anda a pé, vi que alguns motoristas dão  passagem para pedestres, me perdi na atmosfera dos passantes que eram muitos, me atentei as varandas de duas casas geminadas na calçada esburacada que eu passava e  percebi que os pisos eram iguais, lembrei-me dos pisos que via em minha infância, era  um chão de cimento forrado de cacos de azulejos vermelhos. Essa visão me trouxe lembranças imortais. Uma lágrima de saudade quase caiu quando percebi que por pouco quase perdi de vista a confeitaria que já atravessara a praça enquanto eu ficava para trás.
Acelerei o passo e passei por um banco de madeira escuro que havia a minha frente onde dois senhores falavam sobre suas vidas e desviei de uma roda de crianças que estavam a brincar. Queria ali ficar para poder voltar mesmo que em pensamento para  uma época boa que ficou para trás, em que as brincadeiras nas praças, ruas e terrenos baldios ultrapassavam o pôr do sol e se prolongavam sempre além do combinado com   os pais, mas lembrei de que estava com outro propósito naquele momento e segui em   frente par ver alguns segundos depois a dama que adoçava minha boca com seus confeitos entrar em seu local de trabalho.
Entrei um pouco depois na Larimer Pães e Doces, vi várias mesas vazias, mas sentei em uma banqueta alta no balcão, pedi o meu café e esperei durante alguns  minutos, novos bolos chegarem à vitrine colorida.
 A reposição dos bolos e doces começou e estava sendo feita por ela, vi no seu uniforme limpíssimo, mais branco que o açúcar, um broche contendo um nome que,  prontamente li e falei em voz alta: “Joana”, ela me olhou, sorriu e perguntou-me: “o que desejas?”.   Fiz meu pedido e tentei ir além num dialogo, mas notei que já estava    atrasado  para o trabalho, retornei para a minha caminhada e vi a minha frente mais uma  jornada na academia que dava aulas, tendo em minha mente pensamentos e lembranças sobre tudo que vi, enquanto a pé eu andava, em São Paulo num fim de tarde ensolarado.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Cena final


Todos os dias, um homem ensaiava sua cena final na sacada de sua casa que ficava em cima daquele bar amarelo que sempre olhei com a cara encostada na janela frontal da academia onde eu fingia trabalhar, todas as tardes sem fazer nada, lá no bairro da Mooca tempos atrás.

Com um copo na mão, o homem se apoiava na pequena mureta que batia em sua cintura e se balançava para frente e para trás. Na época, acreditei que ele dançava alguma música, mas logo comecei a perceber um sintoma expressivo de autismo. Ele girava um liquido transparente que de longe eu não conseguia saber se era água, vodka ou alguma cachaça. Em seguida ele numa golada só, esvaziava o copo e entrava rapidamente num dos cômodos que estava logo atrás de suas costas.

Não fiquei muito tempo trabalhando naquele local que cada vez mais, parecia me levar para o fundo do poço profissional, por isso, não fui um entre vários na plateia que viu aquele homem dar um salto pra fora de sua triste rotina de ensaios e cair na gandaia no bar logo abaixo de sua casa.

Gui Batista

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Ciganos


Tendas e barracas armadas
Na beira do caminho
Em uma noite enluarada,
Música cigana ecoando no ar.

Homens, mulheres e crianças
Todos a dançar.                                               
Um povo, uma cultura,
Um laço de irmandade
Que não deixa
Aquele povo se separar,
Mesmo estando sempre
Pra lá e para cá.

Vi e senti tudo isso
Da janela de um ônibus,
Na beira da estrada
Quando estava a viajar.
Queria naquela comunidade ficar,
Com eles o mundo andar
Sem rumo e sem plano.
Me deu vontade
De ser cigano.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Liberte o pássaro azul


Abra espaço em sua mente,
Deixe pra trás o obsoleto,
Não busque no passado
Soluções para o presente.
Retire do coração 
As ataduras,
Se liberte das amarguras
E dê novo sentido a vida,
Não reviva os tempos da ditadura.
Destranque as fechaduras,
Escancare as portas
E deixe o sol entrar
Pelas brechas e aberturas.
Liberte o pássaro azul,
Que do seu peito
Sempre quis sair,
Deixe-o voar
Não seja uma pessoa dura
Como Charles Bukowski
Liberte o pássaro azul
E deixe-o voar. 

Rios que se juntam


Nas corredeiras de nossos rios,
Histórias são vividas
Da nascente até a foz
Muitas se juntam, se misturam
Se encontram e às vezes se chocam
De uma forma tão forte
Que se tornam uma só.
Histórias que se completam
E que são nossas,
Encontros e desencontros
Nos leitos dos grandes rios,
Que na verdade são nossos
Por serem nossos caminhos.

Viemos de águas seguras,
De um ventre materno.
Iniciamos com choro
A nossa jornada,
Percorremos por labirintos
Passamos por riachos,
Por ribeirões
E chegamos a grandes rios,
Sempre tendo a nossa volta
Novas histórias.
Por todo percurso
Temos grandes desafios
E uma única certeza
Jamais voltaremos
Para o início,
Onde tudo era calmo
E sabíamos que em seguida
Teríamos o conforto

De um colo.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Antídoto para uma dor


Sem chorar
Aprendi a sentir
A lágrima escorrer
Você chegou
E me fez descobrir
Os sentidos da vida
Veio e me mostrou
As direções a se seguir

Hoje meu norte é você
E mesmo que eu tente
Não conseguirei
Desapontar o ponteiro
Da minha bussola
Que cisma
Em te querer
                                                                                           
E se hoje a lágrima
Em mim escorre
Mesmo sem eu chorar
É por que sinto
Tudo que um dia
Você sentiu

Hoje vim pra te curar
Pra ser antídoto
Das coisas que sofreu
Tudo em prol do amor
Que eu acredito
E que existe
No meu coração

E também no seu.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Tire a tampa de seu recipiente


Sempre se aprende
Algo novo
Quando se deixa
Um sentimento bom
Invadir
E se misturar
A nossa essência
Dentro de um recipiente
Que devemos manter aberto
Chamado coração.


Gui Batista

Várias saídas


Vivemos a procurar
A melhor saída
Nos labirintos da vida
Saídas escondidas
Outras bem claras
Mas que mesmo sendo claras
Trazem contrapartidas
E nos fazem pensar
Se realmente são as melhores
Para se escolher
Apenas por estarem
Fora do escuro
Fugimos sempre do desconhecido
Nunca queremos andar
Na direção do obscuro
Mas não paramos
Nunca pra pensar
Que lá podemos encontrar
A luz que escondida
Ainda vive a nos esperar
Pra se renovar
E assim mais uma vez
Nos incendiar
E nos impulsionar
Pelos labirintos

Dessa louca vida.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Novamente se acendeu


A chama que no passado
Se apagou
Hoje outra vez acendeu
Cresce rápido e sem parar
Faz arder nosso interior
Sentimento esquecido
Ontem parecia extinto
Agora se revigorou
É a velha chama que retorna
E nos mostra
Que tudo se renova
E ela se renovou

Chama viva
Que vivia apagada
Se acendeu
Nunca morreu
Novamente acesa
Faz arder
Corações que endureceram
Mas aos poucos
Começam a derreter.

Gui Batista 

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Visita recorrente

O cheiro do passado
Novamente
Veio me visitar
Fingiu ser ele
Do presente
Me deixou feliz
Me fez contente
Mas lá pelas tantas
Ele sem se  despedir
Se mandou daqui
Me deixou triste
Sem saber
E eu sem perceber
Deixei-o partir
Sem perguntar
De onde ele veio
E em qual parte do caminho
Que eu o senti
Nessa minha vida
Sem roteiro

Gui Batista

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Plante a paz


Plante a paz em seu coração
Não queira o mal
Só pense no bem
Ame seu irmão
Seja a transformação
Que o mundo quer ver
Tenha em sua mente
Um plano
Não viva só por viver
Abrace as oportunidades
Que aparecem pra você
Tenha em sua mente
Um plano
Mesmo que ele seja
Somente a vida viver
Plante paz no coração
E veras o bem a sua volta

Crescer e florescer.

Verdades ditas

As verdades são ditas 
Por pessoas que te amam
E só querem o melhor pra sua vida
Caso contrário não perderiam 
Tempo e lágrimas 
Observando e analisando
Qual seria a melhor saída
E a melhor saída era:
As verdades serem ditas.

Ato principal

Na hora do ato principal 
O palco se moveu 
Sem ninguém perceber 
As cenas de nossas vidas 
Continuaram a nos entreter 
Ao findar do espetáculo 
Tudo estava fora do lugar 
E eu vi algo novo 
Entre nós acontecer.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Dia estranho


Estranho dia
Se mostrou desde o início.
Minha Veloz mente
Se rende, mas rápido se levanta.

Hoje tudo parece fora do lugar,
Amanhã tudo muda
E as coisas se acertam.
Desespero depois calmaria,
Sintomas da modernidade,
Que atinge principalmente
Pessoas de grandes cidades,
Onde o dinheiro é  a prioridade.

Uns se entregam,
Caem em depressão
E a solução é o remédio
Outros persistem
E o remédio é o amanhã.

Estranho dia,
Se foi, ficou pra trás.
O amanhã chegou,
Hoje tudo está normal
E a paz se restaurou.

Gui Batista 

O vagabundo e a dama das flores


Entre todas as flores caídas ao chão, 
A mais linda e mais viva era você. 
Sabia que naquele dia
Você estava leve e feliz, 
Agora percebo que as flores 
Te carregavam.
Hoje delas me faço aprendiz
Quem sabe assim
Um dia também te faço feliz.

Gui Batista