Um poeta louco que sonha como poucos

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quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Flor mineira

Flor mineira
(Gui Batista)
Enraizou num chão impermeável
Onde não mais se via o marrom da terra 
Mas sim a cor do asfalto
A casa do pai não tinha mais
Na cidade grande procurou um canto
Se abrigou num cortiço junto com outros retirantes
Vindos daquele mesmo lugar
Que nunca saiu e nem sairá da sua cabeça
Ah Zona da Mata Mineira
Ah Ubá cidade carinho
Lá ela foi criança e virou moça
Na escola se formou
Um dia se casou
Filhos pensou em ter
E logo veio a gravidez
Do primeiro e do segundo
Veio também a mudança de condição
A falta de dinheiro
E a vontade de deixar
Pra trás a querida cidade
E ganhar a imensidão
Pra São Paulo
A moça simples migrou
De repente mais um filho brotou
E na terra da garoa
Onde parecia não nascer flores
Uma flor de mulher desabrochou
Arranjou trabalho
E entre idas e vindas
Na grande metrópole
A guerreira se fixou
Hoje ela olha contente
Pra tudo que passou
As batalhas foram muitas
Todas as dificuldades
Com muita fé ela superou
E por isso
Com a medalha da vitória
Deus a agraciou.

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