Um poeta louco que sonha como poucos

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quarta-feira, 10 de junho de 2015

O castigo do garimpeiro


Me perdi no caminho
Agora tento me encontrar
Procuro em tantos lugares
Mas meu coração
Sempre é levado de volta
Ao diamante
De cabelo encaracolado
Que um dia encontrei
Mas deixei de lapidar

O diamante se auto lapidou
O cabelo que era enrolado
Hoje liso ficou
A beleza aumentou
Sua vida segue a todo vapor
A minha também

Perdi no caminho
Um pouco de mim
Por isso sigo sozinho
Mas lembro do que se foi

E por um momento
Sinto-me como um vulcão
Prestes a explodir
É quando entro em erupção
A lava salgada
Dos meus olhos escorrem
Numa tentativa frustrante
De esvaziar a mente
E o coração

O diamante se foi
Pelo furo da peneira
Que o próprio garimpeiro
Com os seus descuidos
E sua desatenção
Criou.

Gui Batista

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