Um poeta louco que sonha como poucos

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quinta-feira, 8 de maio de 2014

O que vivi em um sonho


Despertei de um cochilo no fim de uma sonolenta manhã de quinta feira depois de já ter dado aula as seis, fato que me forçara a sair da cama às cinco horas da madruga, antes mesmo de eu ter deixado o sono que me persegue há dias ir embora.
Acordei novamente e dessa vez um pouco assustado com um longo sonho que tive em alguns minutos de sonos que pareciam eternos. Sonhei que me rendia ao capitalismo e me vi com aquela sede de ganhar dinheiro a qualquer custo que nos é imposta para que possamos ser iguais uns aos outros nesse mundo de fachadas em que vivemos.
Quis e consegui uma fortuna, como eu não sei, mas consegui e por incrível que pareça minha vida mudou, flutuei e me vi do alto, eu era um jovem em rápido processo de envelhecimento, roupas cinza, acho que era um terno cobrindo um corpo que se modificava dando origem aparência repugnante e a uma barriga protuberante.
Percebi que, ao mesmo tempo em que eu me arrastava pela selva de pedra, ela se arrastava para dentro de mim, meu antigo jeito manso e doce que não via maldade em quase nada, foi endurecendo e dando lugar a um ser com uma face lânguida, coração gélido e  pensamentos que eu nunca antes havia pensado.
Os intermináveis minutos de cochilo quase foram interrompidos por mim, antes de eu ao menos saber onde aquilo que eu tinha me tornado ia chegar, mesmo sonhando lembrei que precisava raspar a cabeça para tentar disfarçar os fios brancos que já brotavam como gramas albinas em meio a meus cabelos pretos.
O sonho continuou por um minuto que se perdeu na imensidão do tempo, pois nunca chegara ao fim e assim pude ver que por conta de uma coisa que nunca quis como prioridade na vida, eu envelhecia e mudava minhas essências. Vi lá do alto meu corpo irreconhecível, não mais andando e sim cambaleando, com notas de dinheiro transbordando dos bolsos traseiros das calças, eu estava indo atrás de amor e carinho, coisa que há muito tempo não via, mas não achei em nenhum lugar e estava prestes a entrar em um...
Acordei por pensar que já estava atrasado para ir trabalhar e antes do minuto perdido achar o caminho do fim, me precipitei e o sonho encerrei sem saber onde entrei. Na verdade atrasado não estava e ao acordar constatei que mal havia dormido.
Analisei e reanalisei tudo que sonhei e cheguei à conclusão que é melhor viver do jeito que estou vivendo, sem muito dinheiro, mas com muita paz e amor. Não precisamos de muito dinheiro, só do suficiente.


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