Em São Paulo garoava
A garoa que molhava,
Só molhava.
Hoje a chuva cai
Inunda a cidade
E as ruas, todas asfaltadas
São impermeáveis,
Ficam todas alagadas.
A terra da garoa cresceu,
O mato verde,
Há muito tempo se foi
O cinza prevalece
E a natureza abundante
Desapareceu.
Mas ainda se vê
Em alguns cantos
Recantos de raízes fortes
Onde arvores começam
A renascer.
O natural se renova,
Tenta se libertar
Da massa cinza que aprisiona,
Luta contra a morte,
Sua e da cidade.
O ser humano
Em vez de ser
Ainda não é,
Em vez de fazer
Ainda não faz,
Em vez de querer,
Ainda não quer.
A cidade precisa do homem
Precisa que ele seja,
Que ele faça,
Que ele queira
E principalmente que ele viva
Mas em vez disso tudo,
Ele prefere aos poucos morrer,
Ele prefere morrer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Estou aguardando seu comentário, ficarei muito feliz em saber sua opinião.
Quem quiser seguir o blog e comentar fique a vontade. O autor agradece. É bem simples, só adicionar o comentário, selecionar no campo "comentar como" escolher umas das opções ou anonimo. O comentário só é enviado quando vc digita o código de segurança que aparece ai no campo e confirmar o envio