Um poeta louco que sonha como poucos

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segunda-feira, 31 de março de 2014

Cadê você

Me expondo a todo momento,
Uso minhas palavras
Que ganham asas
E levam meus sentimentos
A todos que hoje eu falo
E aos que estão me lendo.

Outras palavras quero dizer,
Às vezes tento, mas nem sempre
Sei como fazer.
Os dias se vão e a inspiração
Não vem.

Me desespero, mas espero,
Sei que as ideias voltarão.
Hoje não escrevo só por escrever,
Dói o peito e a cabeça acelera
Quando aqui fico
Aguardando um novo texto,

Em minha mente aparecer.

domingo, 23 de março de 2014

Lenine e seu violão


Vi uma orquestra
De cordas e metais
E no meio de tudo aquilo
Um único violão,
Mostrou como se faz
E fez bonito demais.

As mãos que o tocavam,
Era do mesmo dono
Da voz que cantava
E encantava
Um vale em Itaquera.

Um único violão
Representando um vira lata,
Daqueles que estão não mão do povo
Em qualquer bar,
Até mesmo em qualquer esquina
Sendo acompanhado
Por vários cães de raça
Que eram violinos, arpas,
Violoncelos, trompetes
Trombones e saxofones.

Orquestra sinfônica de Heliópolis
Com Lenine se juntou
Deu origem a uma união rítmica
Que nossos ouvidos
 E nossas almas acariciou.

Lenine com seu talento
Cumpriu sua missão ao destacar
O som de seu violão,
Em meio à comunhão
De instrumentos clássicos
Que geralmente ficam
Distantes da população.

Lenine com sua voz aqueceu o ar,
Coloriu o dia
Na tarde de um domingo cinzento
E assim nos ajudou

A espantar o frio que fazia.

sábado, 22 de março de 2014

A garoa que só molhava


Em São Paulo garoava
A garoa que molhava,
Só molhava.
Hoje a chuva cai
Inunda a cidade
E as ruas, todas asfaltadas
São impermeáveis,
Ficam todas alagadas.

A terra da garoa cresceu,
O mato verde,
Há muito tempo se foi
O cinza prevalece
E a natureza abundante
Desapareceu.

Mas ainda se vê
Em alguns cantos
Recantos de raízes fortes
Onde arvores começam
A renascer.

O natural se renova,
Tenta se libertar
Da massa cinza que aprisiona,
Luta contra a morte,
Sua e da cidade.

O ser humano
Em vez de ser
Ainda não é,
Em vez de fazer
Ainda não faz,
Em vez de querer,
Ainda não quer.

A cidade precisa do homem
Precisa que ele seja,
Que ele faça,
Que ele queira
E principalmente que ele viva
Mas em vez disso tudo,
Ele prefere aos poucos morrer,
Ele prefere morrer.




terça-feira, 18 de março de 2014

Penso em ti a toda hora


Na correria do meu dia a dia,
me satisfaz a alegria
De te ter pensando em mim.
E eu sigo por caminhos 
rodeado de espinhos,
mas sei que entre eles
está você ó minha flor.
Às vezes paro pra pensar 
Onde será que ela está,
Mas geralmente penso nisso
mesmo sem parar.
Cadê você ó meu amor,
Penso em ti a toda hora
Minha flor.

Aos poucos me perdem

Aos pouco me perdem
Os que se afastam,
Aos pouco perco
Aqueles que eu me afasto.
Vidas que são vividas
Na distância que distancia,
Na corrida da correria
Mas esperam com esperança
Um pouco de atenção
No meio da desatenção.
Aos poucos nos perdem
E aos poucos perdemos.
Não se encontra mais o que procura
E não se procura mais o que encontra.
O problema é o tempo,
O meu não é igual ao seu
E o do outro não é igual ao daquele outro.
Tudo tem sua hora certa,
Mas nem todos a temos no mesmo lugar
E no mesmo horário.
Muitas coisas são perdidas
Quando se compara vidas com vidas,
Cada um vive ao seu modo
E ninguém é igual a ninguém.
Uns mudam e crescem
Enquanto outros crescem
E mudam completamente
Suas essências.
Aos pouco me perdem
Os que se afastam,
Aos pouco perco
Aqueles que eu me afasto.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Gotas que brincam e dançam


Gotas que brincam e dançam

Chuva caiu bonita,
Chuva de água e chuva de vento.
Caiu sem parar e sem direção,
Não percebeu que caiu no meu coração.
Caiu de um jeito tão forte,
Parecia querer a terra inundar.
As gotas se juntavam no céu,
Pareciam estar a brincar.
No meio da chuva ouvi um sussurro:
Vamos nos unir e mesmo caindo
Vamos brincar e dançar
Para alegres na terra chegar.
Foi aí que percebi,
Gotas malandras,
Fazem dos céus
Uma pista de dança
E chegam a terra
Sempre trazendo a esperança
Da bonança,

Ao final se mostrar.

domingo, 9 de março de 2014

Viva bem

Passamos pelo mundo 
Como o tempo passa em nossas vidas
Como flecha lançada ao ar 
Em campo aberto
Sem opção de voltar
E nem de um momento
Poder capturar.
Mude seu modo de viver
E viva bem
Para não se arrepender.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Lágrimas de saudades


Choro lágrimas de saudades
De tempos idos,
De pessoas que se foram,
De lugares que viajei.
Choro lágrimas de saudades,
De um tempo que não vivi,
De pessoas que não conheci,
De lugares que nunca estive.

Sinto em meu peito
Um imenso amor por tudo e por todos.
Dos meus olhos transbordam
Lagrimas de saudades
Que por vezes
Quase me afogam,
Fazendo-me externar
Sentimentos e tudo que sou.

Sou amor sou paz sou união
Sou passado sou presente e futuro
Minha essência transita
Entre tudo que vi
E me faz sentir até o que não vivi.

Choro lágrimas de saudades
De um tempo que passou,
Agarro-me as lembranças que ficou
E como diz Cartola:
O inverno do meu tempo
Já começa a brotar.

Hoje percebo,
Bem mais do que antes
Que todas as flores
De minhas primaveras
E todas as folhas caídas
Em meus outonos,
Só existiram por causa                     
De todos os verões

Que vivi.

quarta-feira, 5 de março de 2014

Não se perca

 Não se perca

Não se perca antes de me achar,
Pois vou te encontrar antes de me perder.
Mesmo se eu não mais conseguir andar,
As noites pelos caminhos vou estender.

Te procurei por toda a vida
Sem nunca entender
O porquê de tantas idas e vindas
E de todas as noites
Vividas e mal dormidas.

Agora que te encontrei,
Tudo ficou tão claro.
Finalmente vi a razão
De toda a caminhada.
Foi só te ver

Para meu coração renascer.

Sentimentos recíprocos


Minha vida sem você
Fica sem sentido.
Te encontrei
E em você fiz minha morada,
Hoje tu és o meu abrigo.

Sua vida sem a minha
Fica sem sentido
Agora o amor entre nós
Foi estabelecido.
Você fez de mim sua morada
E hoje sou o seu abrigo.

Nossas vontades se encaixam,
Sentimentos são recíprocos
E somos aliados
Do começo até o fim.
Nossos destinos são parecidos
Nos fez andar e andar
Até nos encontrarmos
Nos mesmos caminhos.

Minha vida sem você
Fica sem sentido.
Te encontrei
E em você fiz minha morada,
Hoje tu és o meu abrigo.

Sua vida sem a minha
Fica sem sentido
Agora o amor entre nós
Foi estabelecido.
Você fez de mim sua morada

E hoje sou o seu abrigo.