Um poeta louco que sonha como poucos

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quinta-feira, 11 de julho de 2013

Adeus meu velho carro

Como um barco há muito tempo no estaleiro
Ele estava, mas partiu depois de muito custo.
Mostrou que não desaprendeu.
Saiu feliz como alguém que nunca mais iria ver a rua,
Mas viu.
Com seu ronco inconfundível e seu charme natural,
Parecia flutuar pelo caminho.
O destino era certo, ia para oficina.
Ser reformado pra tentar voltar à velha forma:
Robusto, potente, veloz e beberrão.
O tempo o transformou,
Hoje de luxo não é mais, envelheceu,
Mas não ao ponto de se falar
Que tem o mesmo valor dos antigos.
Mesmo por que,
Ele nem passou da meia idade
E o tempo veio como um bandido,
Roubou o seu valor e o condenou a ser vendido.
Coitado,
Depois de ter dado alegria pra quem não tinha carro,
Acabou sendo trocado por um outro mais atualizado
Que na sua vaga da garagem

Já se encontra estacionado.

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