Um poeta louco que sonha como poucos

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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Desfile do tempo




Desfila pela vida,
Até hoje nunca teve
Um dia que ele parou,
Em um só momento
Faz dois caminhos,
Diminui e aumenta.
A cada minuto as coisas
Ele muda, às vezes arruma
E em outras desarruma,
Mas sempre torna a arrumar.
Em um segundo
Novidades vêm,
Novidades vão
E assim o tempo nos leva
Pela vida
Em um desfile
Que nunca para,
Aliviando da humanidade

O coração.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Pode ser


Pode ser que amanhã
Não te procure mais,
Já me cansei do seu jogo
E do seu pé atrás.

Pode ser que amanhã
Não te procure mais,
Não vou cair na sua
Quero pensar pra frente,
Mas você insiste
Em pensar lá atrás.

Sou diferente,
Minhas atitudes são sinceras,
Não somos iguais.
Não, não, não!

Sei que tudo tem seu tempo,
Mas não se pode deixar passar
A hora do começo
E você já deixou
Ela passar demais.

Pode ser que amanhã
Não te procure mais,
Já me cansei do seu jogo

E do seu pé atrás.

Um filme com você


Quero ver o mundo com você,
Sei que não sou artista de cinema
Muito menos de tv,
Mas sempre quero estar 
No mesmo filme,
Ou na mesma cena
Que estiver você.

Quero viver,
Para te ver viver
Feliz, muito feliz.
No planalto, na serra
Ou no litoral
Vou sempre pensar
Em algo especial pra fazer,
Só para sua alma
Poder satisfazer.


Quero ver o mundo
E viver um filme com você.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Outros tempos


Dedico esse relato a todos que fizeram parte de uma época que vivíamos sem celulares, uma época que éramos jovens e tínhamos nossos pais preocupados por não saberem onde andávamos.
Hoje sentado aqui no sofá numa calma manhã de sábado, recordei do tempo que iniciei minhas andanças pela noite de São Paulo, eu tinha uns 13 anos e um mundo de coisas novas se abria a minha frente, novas amizades surgiam e os primeiros convites para as festas e baladas também, tudo era novidade e eu me joguei dentro daquele turbilhão que era o início da adolescência.
Na época eu estudava e em breve eu começaria a trabalhar, os encontros com a galera eram diários, primeiro durante o dia e depois que comecei a exercer uma função dentro de uma empresa tive que me contentar com a falta de tempo para as reuniões à luz do dia e passei a aproveitar mais a noite, mesmo que às vezes tivesse que matar uma aula ou outra para isso.
Todo fim de semana tínhamos festas, ou melhor, bailes dentro de garagens fechadas por uma lona pendurado nas lanças do portão da casa de alguém. Ficávamos sabendo de tudo, onde ia ser, que horas ia começar, se ia ter muita bebida ou não, quem ia ser o DJ e todas essas informações eram passadas no boca a boca.
Nos encontrávamos com mais frequência, conversávamos pessoalmente, não tínhamos celulares, computadores e nem sonhávamos com isso.
Depois de um tempo as festas não eram mais suficientes para a minha vontade de querer viver e conhecer coisas novas, lembro que também a balada perto de casa que íamos aos domingos, não me satisfazia mais. Comecei a me distanciar dos amigos do bairro, conheci outros que também eram de perto e parti para novos lugares, mais distantes, mais pesados, menos conhecidos e a partir desse momento, já não voltava mais para casa a meia noite, horário que antes era o limite da minha estadia na rua.
Tinha quatorze anos quando comecei a varar a madrugada, perdido pelas baladas de música eletrônica tentando me encontrar, percorrendo uma distância enorme para um menino que ainda era pequeno no meio da grande noite.
Recordo-me que saía da escola na sexta feira, deixava meu caderno com qualquer um que estivesse a minha frente e me jogava dentro de um ônibus e mesmo com dinheiro no bolso pedia para passar por baixo da catraca, alguns cobradores deixavam e de tanto que fazia isso muitos até já me conheciam, mas também tinham aqueles que não deixavam e se eu visse que era um desses, eu logo pagava para não criar problemas. Cruzava a cidade de condução em condução curtia tudo o que tinha para curtir e regressava vendo o dia clareando através do vidro do transporte coletivo.
Na manhã de sábado eu chegava em casa as oito e enquanto minha família acordava para o café, eu deitava para dormir. Eu sabia de alguma forma que tinha que fazer companhia para minha mãe, então eu sempre procurava acordar na metade da tarde e ter um momento de convivência que durava pouco, mas existia.
Quando a noite de sábado chegava, eu começava a me mexer para mais uma vez mergulhar naquele meu universo que me envolvia cada vez mais, tomava um banho, jantava e partia para repetir o caminho que fiz no dia anterior rumo ao coração da noite e da juventude do outro lado da cidade.
Dava tchau para minha mãe, para o meu pai e meus irmãos:
- Tchau mãe, fique com Deus e boa noite.
Naquela época não pensava, mas hoje imagino que minha mãe devia ficar muito preocupada, pois via seu menino sair às oito horas da noite e ir para um lugar que ela não sabia onde era com pessoas que ela nem sonhava saber quem eram, ela não sabia nada o que poderia acontecer, só pensava no pior e agora pensando bem acho que ela perdeu muitas noites de sono por minha causa e com razão.
Foram muitos anos de baladas, bebedeiras, curtições e tudo isso sem um bendito telefone celular para que pudessem me achar ou para que eu pudesse dar notícias.
Hoje sentado aqui no sofá em uma manhã calma de sábado, escrevi superficialmente sobre essa parte da vida que muitos viveram como eu, mas consegui de uma forma um pouco mais profunda viajar nas entrelinhas e ir além vendo muito mais do que via naqueles dias e por isso peço desculpas para minha família por todas as noites que saí de casa e sem meios de comunicação como os de hoje fiz vocês se preocuparem comigo, desculpas por ter feito vocês perderem horas preciosas de seus sonos.
 Me desculpem por tudo, mas aquelas noites foram demais para mim, elas são inesquecíveis, elas foram incríveis e por mais que eu tenha corrido todo tipo de risco, eu passei por tudo e tudo aquilo que vivi foi maravilhoso. Valeu a pena, pois aquelas noites me trouxeram até aqui e hoje eu posso pedir desculpas e agradecer a Deus por me proteger e me fazer feliz.


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Essência do Mar


Do seu barco,
Quero ser a vela.
Da sua canoa,
Ser o remo.
Do seu cais
Ser as amarras.
Do seu mar,
Ser as águas.
Da sua praia,
Ser a areia.

Como o rio que chega
E desagua em você,
Assim quero ser.

Te invadir,
Como a água doce
Invade o mar.                
Misturar-me
Ao sal que há em ti,
Nessa sua essência
Marítima e praiana
E como a maresia
Que habita os lares no litoral,
Seu coração quero habitar
E com você,
Ser e ter,

A essência do mar.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Nossas vidas são assim

Nossas vidas são assim

Se minha poesia te liberta,
Vou continuar a escrever.
Se a minha voz te acalma,
Continuo a cantar, ou a falar.
Se minhas viagens te inspiram,
Vamos viajar.

Poesias se transformam,
Letras são criadas,
A voz dá vida
E transmite boas energias
Em forma de canções.
Viagens são escritas,
Às vezes são contadas
E outras são cantadas.

Vamos viver
Temos tão pouco tempo
Vamos nos movimentar
Olhar para frente
Podemos sonhar e buscar
O bem no presente
Deixar a dor no passado

Nossas vidas são poesias,
São músicas e são poesias.
Nossas vidas são viagens,
São mutáveis e são viagens.

E na complexidade
Que envolve tudo isso,
Seguimos em um trilho
Viajando pelos anos,
Escrevendo poesias,
E cantando ou contando
Nossas histórias.


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Renúncia

Hoje consegui, renunciei
Dei adeus à vida que sempre levei,
Escancarei meus sentimentos,
Mostrei que meu coração dói e pega fogo 
Quando a vejo em meus pensamentos.
Hoje sinto vontade de chorar 
Sempre que vem a ânsia de ver
E nem sempre poder, ela encontrar.

Renunciei e me arrependi
De tudo que fiz para muitas 
Que em minha vida passou.
Agora acho que sinto,
O mesmo que elas sentiram.

As dores de uma paixão
Diante da fortaleza, 
Intransponível de um coração,
Que um dia sofreu 
A dor do amor e da desilusão.

Hoje renunciei e confessei
Que um cretino já fui
E agora pago por tudo que fiz,
Por não ter levado a sério
Os corações e os sentimentos alheios,
Enquanto o meu compromisso,
Era apenas comigo mesmo,
Era de não me apegar a ninguém.

Me arrependi, renunciei 
E hoje pago por tudo que fiz,
Meu coração dói e pega fogo 
Quando estou longe de ti.


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Ubatuba e a chuva


Jamais alguém dançou
A dança da chuva,
Ou ao menos cantou
Para ela cair
Naquele lugar,
Pois não era necessário.

A chuva lá não precisa,
Ou melhor,
Não precisava de convite.
Ela sempre chegava,
Sem aviso e sem se preocupar.
O povo que sentia calor,
Se molhava
E o clima ela refrescava.

Jamais alguém dançou
A dança da chuva                                                              
Lá para os lados de Ubatuba,
Cidade costeira                                             
Conhecida por suas belezas
E pela chuva
Que caía de forma corriqueira.

Ah hoje em dia,
Por lá a chuva
Não cai mais como antes,
Mas a beleza continua
E continuará acompanhando
Os navegantes
Que por lá passam
E os que lá permanecem
Ancorados e acomodando
Pessoas dentro de seus barcos.
Que mais parecem,
Um coração cheio de amor,
De paz e união.


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Louco por você



E como não consigo deixar
Nada que quero dizer pra você
Preso dentro de mim,
Eu te digo:

Te adoro!

E assim como o sol,
Irei me pôr
No fim de tarde,
Entre os morros,
Só para ver
Se te encontro por lá.

Ainda vou ser como o sol em sua vida
E se quiser pode me chamar de louco,
Pois eu sou um louco,
Louco por você.


terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Do alto de Itamambuca


Itamambuca vista do alto,
montanhas e mares..
caminhos fechados que se abrem
levam e traz viajantes 
junto com as aves
para muitos lugares.

a paz invade os lares
e lá em baixo
uma aldeia se cria,
a alma do visitante
acalma, alivia
e novos amigos se fazem.

daqui do alto tudo vejo,
lá nas bandas dos mares
o mundo submarino se abre,
no aquário dos seres
diversas formas de ser e estar, 
de ser e de sentir...

viajante sou..
viajando vou..

Gui Batista e Camila Cultri

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Frutos de uma raiz


Brotei de uma raiz,
Que já foi broto de outra raiz
Que cresceu, amadureceu
E se transformou.

Ela me deu a vida
Me criou, me acompanha
Desde a semente até hoje.
Sempre me guiou,
Me deu base
E toda vez que eu caí,
Os meus alicerces
Ela veio e reforçou,
Edificou o meu caráter,
Me deu educação,
Sempre me mostrou
O melhor caminho
E o melhor caminho é o bem.

Somos frutos de uma só raiz
Que brotou, amadureceu
E se multiplicou,
Partindo da África
Para o mundo habitar
Viemos todos de um só lugar
Nos espalhamos e nos modificamos,
Não somos mais do jeito original,
Mas temos que saber
Que fomos todos sementes
E se crescemos foi para amadurecer,
Para sermos melhores
E não o contrário disso fazer
Temos que evoluir

Jamais retroceder.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Metas traçadas


Sabemos que é dura a caminhada,
Mas não vamos desistir.
Temos que andar,
Sem nunca nos abater
E nem deixar crescer o desânimo
Que sempre nos quer vencer.
Siga e persiga o que você quer.
O que você quer?

Não corra, mas também não pare,
Aprecie todos os momentos
Que passam ao longo do trilho
Que a vida segue.
Colha, mas também plante
O amor, a paz e a união.
Só faça o que te leva ao bem.

Se a meta está traçada,
Não deixe ninguém tentar parar
A sua caminhada.
Vamos, levante e ande,
As metas estão traçadas
Ande e chegue aonde você quer chegar.

Aonde você quer chegar?

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Só me falta ser como o sol

Só me falta ser como o sol

Sou como o mar,
Sempre estou em movimento,
Indo pra lá e pra cá,
Mas sempre estou a te esperar.

Sou como a lua que cresce,
Me torno cheio de amor,
Brilho e emito luz,
Mas quando estou longe de você,
Sei que vou minguar.

Sou como a terra,
Que com a chuva faz brotar
Um novo amanhã,
Que vem com coisas novas
E sementes de amor pra cultivar.

Sou natural, eu sou real.
Farei tudo que for preciso,
Só pra ter como retorno
O seu amor, o seu amor.

Sou como o mar,
Sou como a lua,
Sou como a terra,
Só me falta ser como o sol.

Quando eu for como o sol,
Viverei para te esquentar,
Viverei para te iluminar
Viverei para te guiar
Até o anoitecer.

Sou como o mar
Sou como a lua
Sou como a terra
Só me falta ser como o sol

Quando eu for como o sol,
Viverei para te esquentar,
Viverei para te iluminar
Viverei para te guiar

Até o anoitecer.