Um poeta louco que sonha como poucos

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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O que sou?

O que sou

Sou por inteiro o que sou,
Mas às vezes me pergunto:
O que sou?
Não sei ou não quero saber,
Vivo na incerteza
Do ser ou não ser,
Assim a vida tem mais surpresas,
É certo que nem sempre elas são boas,
Mas quando são, nada é capaz
De segurar o coração,
Que bate tão rápido,
Parecendo não mais ser um coração.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Esperar pra que?

Esperei uma ligação, não sei quanto tempo.
Todos os dias o telefone tocou
Meu coração disparava,
Batendo de forma voraz veloz,
Mas sempre quem me ligava,
Não era a pessoa que tanto esperava.

Me coloquei a pensar,
Não sabia se ainda devia aguardar.
Pensei em desistir,
Se não me ligou,
Deve ser por não mais me amar.
Neste momento olhei para a praia
E vi um sinal no anoitecer.

Quando a maré começa a subir,
É o mar querendo sair,
Pra distância entre ele e o sertão diminuir.
Foi aí que percebi,
Pra que esperar se posso agir,
Vou eu mesmo ligar,
Liguei!

Foi o melhor que eu fiz
A pessoa que tanto esperei me ligar
Atende e me diz,
Obrigado por você existir,
Que bom que ligou
Te atender, me fez  novamente sorrir.


sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Estradas


A estrada que nos leva
É a mesma que nos traz.
Os lados são opostos,
Um lado vai e o outro volta.

Duas mãos, duas direções.
O mesmo céu, o mesmo sol.
Carros seguindo e sendo seguidos,
Mas cada um tem seu destino.

Ao longo do caminho,
Cidades e suas historias,
Vidas e suas trajetórias,
São unidas pela mesma estrada.

Os viajantes seguem,
Os que partem durante o dia,
Ainda estão a dirigir
Quando a noite cai
E os que saem à noite
Observam atentos
O dia amanhecer.

E assim é a estrada,
Dia após dia.
Ela nunca para,
Sempre tem os carros
Que passam em disparada,
Pelas cidades que as margens,
Ali do lado da pista
Ficam paradas.


sexta-feira, 16 de agosto de 2013

O cortiço


Tive um devaneio há algumas semanas atrás. Estava numa reunião de amigos, era uma feijoada regada a cerveja e com muita conversa. Era uma tarde com a temperatura agradável, um sol e um céu azul em pleno inverno paulistano.
Cheguei, falei oi para todos e sentei em uma cadeira. Comecei a beber e comer. O papo fluía. Formávamos ali um grupo de umas vinte pessoas, todos empolgados por estarem participando de mais um encontro.
A tarde se esvaia e uma noite linda chegava. A música rolava e todos entraram na dança, uns mais calibrados pelo álcool dançavam de forma engraçada, mas tudo corria na mais perfeita paz.
A feijoada que era para o almoço também foi servida na janta e logo em seguida alguns foram embora, outros permaneciam por ali sem nenhuma vontade de partir. Foi aí então que soltei uma frase engraçada e que causou alguns risos: (Hoje vou morar aqui).
Todos foram embora e eu fiquei só com os donos da casa, me convidaram pra dormir por lá e eu prontamente aceitei. Conversamos até de madrugada e quando todos decidiram ir dormir eu no mesmo lugar fiquei.
Não estava com sono e decidi ficar sozinho olhando para as estrelas e tomando mais algumas cervejas.  Gostei tanto do dia e da noite junto dos amigos que quis que aquilo se repetisse todos os dias. Foi aí que me lembrei de um livro que li no passado e idealizei a construção de um cortiço.
Imaginei todos que naquela festa estiveram, morando em um grande quintal com varias casas, assim não precisaríamos nunca esperar pela próxima festa pra nos juntar. Viajei nesse devaneio e até numerei as casas. Por fim, escolhi na casa treze morar.
Quando voltei a realidade o dia já ia amanhecer, tomei o último gole, escrevi a mensagem derradeira pra alguém no celular e decidi me deitar. Deitei, dormi um sono gostoso e profundo, quando acordei vi que tinha que ir embora.

Peguei o caminho de casa, levei o meu grande cortiço comigo e concluí que o que pensei era simplesmente uma manifestação do sentimento forte que tenho por todos os companheiros que seguem ao meu lado pelas estradas da vida e da vontade de estar com eles todos os dias.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

De carona com a intuição


Vi alguém passar,
Foi como uma revelação.
Pensei que era pra mim,
Você passou e
Desapareceu.

Fiquei sem saída,
Sem saber o que fazer.
Decidi segui o coração,
Pra não te perder
E ter você em minha vida.

Me atirei ao desconhecido,
De carona com a intuição
Eu Me perdi.
Naufraguei na imensidão do mar,
Do seu olhar.

Passou dias passou noites,
A deriva quase morri.
Senti sede, senti fome
E tudo por ti.
Cheguei a pensar
Que a intuição virou ilusão.

Na indecisão de continuar
Veio à ideia de desistir,
Me entreguei.
Mudei mais uma vez a direção,
Pronto pra voltar
Para o ponto de onde parti.
Com o coração amargurado,
Troquei de embarcação.

Peguei o barco da desilusão,
Milhas e milhas navegando,
Rumo à realidade,
Voltar pra solidão.

Pessoas cabisbaixas
Eu também
Mas alguém me deu a mão
Era você que como eu
Da decepção fugia
Nós dois ali no mesmo barco
Lado a lado não foi por acaso.

Tivemos a mesma intuição
Não tinha nada de errado.
Só os caminhos onde
Tínhamos andado.
Um procurando o outro,

Ambos com o coração apertado.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Sempre quis você



Encontrei você,
Tudo que sempre sonhei.
Não foi em nenhum lugar comum
E nem onde já frequentei.
Foi um encontro armado
E sem saber
Tudo estava arranjado.

Amigos manipularam o destino,
Torceram pra acontecer,
Aconteceu.
Esbarrei em você,
Pedi desculpas
E só de te olhar me apaixonei.

Eu te encontrei,
Você me encontrou.
Somos iguais e queremos as mesmas coisas.
Nossas loucuras se completam,
Até parece que a gente já se conhecia,
Quem sabe de outros tempos,
De outro lugar,
Ou ate mesmo de outras vidas.

As mesmas sensações,
Mesmas vontades
Em nossos corações.
O que era inesperado
Virou realidade.
O destino manipulado
Nos trouxe a união
E aos manipuladores
Agradeço do fundo do coração.



sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Faria de tudo



Faria de tudo pra te abraçar.
Subiria um rio,
Nadava contra a corrente,
Falaria de amor,
Seguiria a estrela cadente,
Acenderia fogueira em dias de sol
E no frio te daria calor.

Faço de tudo e com muito amor.
Posso até quem sabe cantar,
Dançar eu tento aprender,
Podia até viajar com você,
Mas se você de nada gostar,
Me esforço pra tudo mudar
E um dia quem sabe
Verei você se render           

Até lá continuo a sonhar
E fazendo de tudo.
Hoje não sei,
Mas amanhã talvez
Poderei te abraçar
Como um dia já abracei.



De passagem


Passamos pelo mundo
Como o tempo passa em nossas vidas,
Como flecha lançada ao ar
Em campo aberto,
Sem opção de voltar
E nem de um momento
Poder capturar.