Um poeta louco que sonha como poucos

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domingo, 22 de dezembro de 2013

Li e reli


Vi nos seus olhos os meus a te olhar,
Ouvi da sua boca o que a minha queria falar,
Senti ao seu lado o que queria te fazer sentir,
Você me trouxe sensações que eu tentei lhe dar,
Seu corpo me passou mensagens que eu li e reli.

Sua voz de Janis Joplin me encantou,
Seu carisma é algo que tento ter.
Simpatia, beleza e inteligência,
Você com suas características me conquistou.

E eu que hoje vivo pra lá e pra cá,
Como um personagem acelerado de um livro,
Quando te vi parei na sua,
Assim como alguém que para na rua,
Diante de um farol verdejante,
Sem se importar com as buzinas
Dos carros que querem o tráfego seguir.
                                                                                          
Enquanto parado eu estava
Li e reli a carta que para ti escrevi
De repente, mesmo com o farol vermelho,
Disparei pelo caminho em sua direção.
Quando te encontrei linda como sempre,
Percebi que tudo que escrevi pra você,

É realmente o que eu quero viver.

sábado, 14 de dezembro de 2013

O navio negreiro e o aumento do campo de atuação


Os navios negreiros se transformam ao longo dos tempos, hoje já não navegam    mais em alto mar, andam sobre trilhos em meio à selva de concreto. Ampliou seu campo de atuação, deixou de carregar apenas escravos negros e tem agora transportado  também escravos brancos.
Nos dias atuais o banzo não é mais preocupação, pois os explorados pela  modernização já carregam desde a infância dispositivos eletrônicos que aparentemente  são para lhes entreter, mas na realidade acabam por escravizar ainda mais. Tais dispositivos fornecem comunicação direta com os amigos que estão conectados a  mesma rede e em contra partida distanciam cada vez mais pessoas que estão lado a lado no mesmo navio, ou seja, no mesmo metrô.
Não parecem mais seres humanos se locomovendo e sim vários perfis de redes   sociais off line para o mundo real, ou simplesmente com aviso dizendo “ausente” estampado em suas faces fechadas impedindo qualquer tipo de comunicação.
O navio fica a cada dia mais cheio, anda pesado quase se arrastando, mas ao mesmo tempo se vê um vazio dentro dele, as pessoas se transformaram em cargas que   aos poucos cada vez mais se fecham dentro de si e esquecem que a vida é melhor em comunhão.
Eu ando nesses navios, acho que você também deve andar, espero que quando   nos encontrarmos em algum desses trilhos que serpenteiam pela cidade, tanto no subsolo quanto lá no alto, possamos pelo menos um bom dia, um boa tarde ou um boa noite falar.
Desconecte um pouco, veja as pessoas que estão ao seu redor e valorize as relações não virtuais, assim poderemos talvez atravessar nossos mares diários com mais alegria.
O navio negreiro ampliou seu campo de atuação e hoje transporta também escravos brancos. Sempre dependeremos do navio, ele sempre estará em nossas vidas,   mas acho que podemos abandonar a escravidão, evoluir e viver uma vida real em união.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Desacelere


Desacelere, pise no freio.
Aproveite sua vida
Meu irmão, meu irmã
Tenha por ela respeito,
Não termine em dívida
E viva direito.

Por ouro e dinheiro,
A humanidade a cada dia
Um pouco se suicida,
Esperando no amanhã
A promessa que nunca se cumpre,
Da riqueza chegar
Trazendo a alegria.

A verdadeira alegria
Não se relaciona com a riqueza,
Valorize seus dias,
Assim será feliz com certeza.

Por ouro e dinheiro,
A humanidade a cada dia
Um pouco se suicida,
Esperando no amanhã
A promessa que nunca se cumpre,
Da riqueza chegar
Trazendo a alegria.

Desapegue do que te faz sofrer
Desapegue do que te impede de viver
Valorize seus momentos
E viva pra valer.