Um poeta louco que sonha como poucos

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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Somos versos

Somos versos de uma vida
Eu rimo com ela, 
Enquanto outro alguém 
Rima com você.
A vida segue em estrofes,
Poesias se formam
Dando origem
Ao mais belo livro,
Ou a simples
Mas não tão menos importante
Literatura de cordel.



Autor: Guilherme Batista Emidio

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O espetáculo do Jiu Jitsu





O jiu jitsu é uma luta predominantemente técnica, podemos ver atletas mais fracos vencendo oponentes bem mais fortes.
Quando vamos a uma competição, só conseguimos ver tudo que acontece lá com os olhos da arte.
Certa vez estava eu em um campeonato mundial na cidade do Rio de Janeiro, tudo corria bem, as atenções de todos que lotavam o ginásio eram bem divididas pelas oito áreas de lutas onde aconteciam as lutas simultaneamente.
Uma luta empolgante acontecia na área um, era de faixa branca. Movimentação constante, típica de iniciantes, de quem não podíamos esperar muita perfeição nas técnicas, mas a luta era boa.
Na área dois via-se uma bela luta de faixas azuis, era queda pra cá e queda pra lá. Eram do peso pena, isso mesmo, aquela categoria que os lutadores não param nenhum minuto.
Na área três os faixas roxa iam começar a lutar na hora em que minha atenção voltou-se para eles. No início a luta foi muito estudada por ambos os lados, fazendo com que o árbitro interrompesse o combate para pedir mais ação. A partir daí se viu um show de técnica por parte dos dois.
Na área quatro estavam nada mais nada menos que os marrons, nesta faixa começam a aparecer aqueles que vão dar trabalho para os faixas preta no futuro. Era a final da categoria médio, uma das mais disputadas. Foram sete minutos eletrizantes, começando com uma queda de um lado, uma raspagem do outro e esse mesmo que raspou ainda passou a guarda. Por volta dos seis minutos de luta o rapaz que deu a queda no início, estando em desvantagem e o tempo esgotando, tirou forças para repor a guarda e começar uma movimentação intensa em busca de uma finalização. De repente ele encaixa um triangulo perfeito, seu oponente tentou resistir, mas não deu e teve que bater.
Sai do ginásio correndo para comer alguma coisa, fui correndo mesmo, pois se demorasse a voltar, talvez pudesse perder o principal do espetáculo, o absoluto faixa preta.
Quando retornei para o interior do ginásio com a fome saciada, percebi que da área cinco até a área oito já estava acontecendo o tão esperado absoluto preta.
Me acomodei na arquibancada e me deleitei com uma verdadeira obra de arte protagonizada pelos atletas, as finalizações saiam a toda hora e eu não conseguia olhar só para uma luta, todas eram emocionantes e assim foi até as disputas das semifinais.
Quando saíram os dois finalistas, o campeonato parou, o ginásio escureceu e nas áreas de lutas não se via mais nada.
O presidente da federação apareceu sob um facho de luz e falou: “As luzes acenderão dentro de dez minutos e vocês verão o maior espetáculo de suas vidas”.
Passados os dez minutos, é iluminada apenas uma área, a central com os dois finalistas do absoluto faixa preta.
 Um era magro e baixo, mas tinha uma técnica apurada. O outro era alto e forte e também com uma ótima técnica. Não era por menos que os dois iam disputar o titulo mais cobiçado por todos.
Um apresentador com microfone em mãos fala os nomes dos lutadores. O magro e baixo era o Kaue e o forte e alto era o João. Logo em seguida tem inicio o combate.
A luta ia ser disputada em dez minutos, todos se perguntavam o que seria do Kaue. As forças eram desproporcionais.
O forte começou dando uma queda no fraco, logo em seguida passou a guarda, mas o fraco era valente, não se entregava e resistiu bem, mas não impediu o joelho no abdômen e tomou mais dois pontos.
Tinha se passado metade da luta e o final já era previsto, mas o fraco não desistia, conseguiu tirar o joelho que estava em sua barriga e logo em seguida repôs a meia guarda.
Todos que assistiam pensaram que ele ia ficar travando a luta na meia guarda para não ser finalizado. Mero engano, aquele rapaz franzino aplicou uma bela raspagem, partiu para uma passagem logo em seguida, insistiu tanto na movimentação que acabou passando, estabilizou a posição faltando um minuto para o fim da luta.
João o grande e forte, se defendia e pensava: “estou na frente e não vou ceder mais nenhum ponto”.
Faltavam trinta segundos, a luta estava sete a cinco para João o forte, toda sua torcida comemorava a sua vitória, faziam até uma contagem regressiva, trinta... vinte.. e quando faltavam dez segundos, aconteceu o inesperado, Kaue o franzino que estava na posição cem quilos e dali não saia desde que conquistou a posição, aplicou um estrangulamento de lapela e nesse momento a contagem cessou e o que se ouvia eram os gritos de uma torcida eufórica dizendo: Uh vai pegar, Uh vai pegar, Uh vai pegar...”.
Faltando apenas dois segundos, todos os presentes naquele local presenciaram a cena que todos acreditavam que não iam ver. João o fortão, bateu três vezes no chão, desistindo assim do titulo mais importante do campeonato.
Aquelas lutas mostraram o quanto o jiu jitsu é técnico e não força bruta, um verdadeiro espetáculo chamado também de arte suave onde os seus praticantes são os artistas.

Autor: Guilherme Batista Emidio

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O Eremita

Eu hoje vi um eremita,
Ele vivia isolado do mundo.
Dentro de uma grande cidade,
Ali perto da avenida Paulista

De barbas brancas e grandes ,
Roupas sujas e rasgadas
Um olhar transmitindo marasmo.
Sorriso ele não tinha,
Ou eu não percebi

Na avenida um transito intenso .
Carros passavam levando pessoas
Pra lá e pra cá, num eterno ir e vir,
Cruzando com o descaso.

Descaso que o mundo tinha pelo eremita,
Ou que o eremita tinha pelo mundo .
Não sei dizer exatamente qual era,
Mas o descaso existia.

Segui em frente dirigindo pela cidade,
Refletindo sobre aquilo que vi.
Quanta diferença social,
Quantas pessoas passando necessidade.
Que mundo desigual,
Será que estou mesmo num mundo real?

Autor: Guilherme Batista Emidio

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Vidas


  
Tantas vidas no mesmo caminho,
Os mesmos lugares em muitos olhares.
Eterno ir e vir de idéias diversas
Mentes complexas vivendo um mesmo contexto.
Desespero e calmaria tudo junto
Numa só correria,
Uns estão devagar
Outros tão rápido
Que não dá pra conversar.
Mundo que roda sem parar
Vidas que o tempo não consegue parar
Autor: Guilherme Batista Emidio

sábado, 1 de outubro de 2011

Eterna Viagem


Procurei lugares, pessoas e trabalho

Numa busca desesperada.

Nessa procura entrei numa viagem,

Que de tempos em tempos se transformava

Com mudanças inevitáveis 

De caminho de ações  ou de direções.

Hoje me pergunto se essa viagem, 

Se essa busca não terá fim 

De repente tudo mudou de novo

E quando percebi 

Uma lágrima já brotava nos olhos.

Foi aí que voltei para dentro do turbilhão,

Turbilhão de pensamentos que quase me enlouquecia,

Me deixando confuso.

Nesse instante me atentei,

Era a viagem querendo seguir novos rumos

Mais uma vez!!

Autor: Guilherme Batista Emidio

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Vi o tempo passar


Vi o tempo passar,
Ele passou como passa nos filmes.
Fechei os olhos e vi cenas em alta velocidade.
Percebi que estava sentado na beira de uma estrada
E por aquela estrada minha vida passava.
Passado e presente remendado um ao outro
Formavam um conjunto para embasar o futuro.
Lembrei daquela canção que sempre mexe com meu coração:
“E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar”,
Nessa hora descobri o que fazer.
Levantei e peguei a estrada.
Comecei andar, andar e andar.
No futuro, se vou chegar não sei,
Mas descobri que tenho que tentar.
Ou melhor, temos que tentar!

Gui Batista Emidio

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Nó no peito


Hoje acordei com um nó no peito.
Vontade de refazer aquilo que um dia,
Por algum motivo foi desfeito.
Preciso editar a pontuação do meu viver.
Quem sabe trocar um ponto final por uma vírgula,
Ou uma vírgula por um ponto final.
Acho que só assim retornará alegria
E não mais serei levado
Sem rumo pela ventania.

Autor: Guilherme Batista Emidio

Jamais senti



Jamais senti por outro alguém, 
O que sinto por você. 
Nunca ninguém me fez tão bem, 
Como você me faz. 
Por isso estou aqui, 
Eu me rendi, 
Voltei atrás. 
Foi bom você me aceitar 
Depois de tantas idas e vindas  
Agora vamos nos acertar  
Para o mundo conquistar. 

Autor: Gulilherme Batista Emidio

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Vontade de fazer uma canção


Hoje me deu vontade de fazer uma canção 
Dizendo coisas que remetem a união 
E que nos façam lembrar, do nosso  Senhor 
A quem temos que reverenciar,  
Hoje senti no meu peito, um ardor 
Era o Senhor 
Sentimento borbulhou  
Algo pedia que eu continuasse 
A escrever assim do meu jeito 
Pedia pra que eu não desperdiçasse esse dom 
E isso fez aumentar a vontade de achar o tom 
Pra entrar em sintonia  
Cantando com amor  
Pra transformar em um só dia 
Toda  tristeza em alegria 
Para o povo poder cantar, dançar 
E adorar o nosso Senhor..

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Reveillon na Prainha Branca



Era fim de ano, um calor que convidava pra viajar, ir de encontro com a natureza, apreciando as maravilhas que só a estrada pode oferecer. Era isso que estava acontecendo, muita gente já tinha aceitado o convite e saiam aos montes daqui de São Paulo. Terminais rodoviários, ferroviários e aeroportos, todos transbordando de pessoas ávidas por dias de descanso longe da cidade onde ninguém pára. 
Eu sem saber ainda o que fazer da vida na última semana de 2010, tive que ir até a Rodoviária Tiete levar alguém, pra embarcar num ônibus com destino a Minas Gerais. Foi aí que me dei conta que estava no meio de uma multidão de viajantes, uns chegando e outros indo. Aí nesse momento me perguntei o que fazer. 
Voltando pra casa pela marginal totalmente livre, percebi que não podia ficar sozinho em casa. Tinha que fugir ou apenas ir pra algum lugar. Não tive muito tempo para planejar, mas na manhã seguinte já estava com a mochila arrumada pronto pra ir viajar.  
Optei por ir rumo ao desconhecido, por caminhos nunca antes feitos por mim. Na mente tinha uma única certeza, preciso e quero fazer isso, então liguei o carro e fui em direção ao mar. Sozinho dirigindo pela estrada  Mogi- Bertioga, vi caminhos verdes, quedas d'água, muitos carros e um céu que de azul se transformou em cinza.  
Uma chuva caiu quando cheguei no pé da serra, mas nem liguei sabia que era só pra refrescar e baixar a poeira. Chegando em Bertioga a tempestade cessou. Achei um estacionamento, guardei o carro, peguei a balsa e atravessei o canal para o Guarujá. 
Até desembarcar da balsa foi tudo como imaginei. O caminho era bonito, a balsa era como todas as outras, mas quando findei a travessia daquele canal, já do outro lado, vi uma placa contendo a frase de acolhida: "Bem vindos a Serra do Guaraú" e um portãozinho com outra placa que dizia " Trilha para a Prainha Branca" descobri que nem tudo seria exatamente do jeito que imaginei.  
Ao dar o primeiro passo e adentrar naquela trilha, senti que estava no paraíso, me  veio  uma sensação de estar entrando num reino encantado onde só havia coisas boas e belas,  mas pra confirmar essa primeira impressão, tinha que vencer a trilha que cada vez mais entrava mata a dentro e montanha acima. Escorria em minha face um suor que mais  parecia lagrimas de felicidades por eu estar ali. 
Vencidos os vinte e poucos minutos de trilha, entrei num camping ainda no meio do caminho, montei minha barraca, deixei tudo no jeito e fui direto para beira da praia. Sentei no quiosque e enquanto tentava avistar a Nina Roots e a Dana da Banda Filosofia Reggae com quem tinha combinado de me encontrar quando lá chegasse, pedi uma cerveja gelada e logo fiz amizade com um cara gente fina que esperava sair sua refeição. A partir dai comecei a confirmar a sensação que tive no início da trilha. Comecei a notar que lá naquele lugar mesmo você estando só, nunca estará sozinho, pois as pessoas lá são diferentes, são vestidas de simpatia, simplicidade e humildade as pessoas lá são maravilhosas e vivem tentando sempre transmitir a paz.
Depois de algum tempo conversando com o gente fina, até parecíamos amigos de longa data, foi quando avistei as meninas me despedi do novo parceiro  e me juntei a elas. Tomamos mais algumas cervejas, entardeceu e fomos pra casa, quer dizer, fomos para as barracas.  
Ao anoitecer daquele meu primeiro dia na Prainha Branca, voltei pra praia com a Nina, curtimos o show no quiosque até que ela foi convidada a dar uma canja. Pronto a paz da garota acabou, muita gente pedindo autografo e tirando fotos, a Nina sumiu, fiquei sem a minha amiga. De repente conheci mais três pessoas e não estava mais só. 
Me lembro que voltei pra barraca lá pelas seis da manhã. Dormi e acordei. Era meio dia quando levantei e vi no celular uma mensagem da Cibele, uma amiga do bairro. Na mensagem ela avisava que estava chegando. Ela chegou e junto com ela também veio a Rose, montamos a barraca onde as duas iam dormir e fomos para beira do mar. Curtimos o sol, as ondas, a paisagem, a areia, as pessoas, os sons e tudo que aquele lugar nos proporcionava.  
Era tarde do dia 31 de dezembro, mas não demorou para noite cair. Era última noite do ano. O lugar a cada momento que passava, confirmava o que eu havia sentido quando dei o primeiro passo na trilha, mas o melhor ainda estava por vir. A virada do ano se aproximava. Eram 18 horas e muita coisa ainda ia acontecer naquele dia 31/12/2010. 
Eu fiquei curioso pra saber como seria a noite, agora escrevendo sobre aqueles dias, percebi que as vezes a curiosidade aumenta o gosto da surpresa. Por isso vou ficando por aqui , mas em breve eu volto e conto tudo sobre aquela maravilhosa noite de reveillon. Até a próxima e um grande abraço. 
  
Autor: Guilherme Batista Emidio

Pensamentos do Gui: Consciência

Pensamentos do Gui: Consciência: "Consciência, meu irmão, minha irmã Algo muito importante! Tenha ela dentro de seu viver. Respeite as pessoas, Dêem a elas o merecido valor. ..."

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Quando fazemos algo errado


Quando fazemos algo errado, 
Qualquer coisa  
Nos faz lembrar do erro. 
Aí bate o desespero,  
Até mesmo um papel  
Arrepia o corpo inteiro. 
Muitos são os erros 
Uns são mesquinhos, 
Outros são arrogantes. 
Por outro lado 
Tem os cara de sonso 
Que falam pelas costas. 
Muitas pessoas são influenciadas 
E se tornam indispostas, 
Se acomodam com os erros 
Acabam por adquirir os mesmos defeitos, 
Mas pra mudar sempre tem um jeito, 
Temos que tentar ser o mais correto 
Andar por caminhos certos. 
Mesmo que esse caminho seja difícil, 
Temos que estar dispostos a trilha-lo 
Temos que promover mudanças,  
Pois só assim o certo vencerá o errado 
E um mundo melhor, pela nova geração 
Será herdado.  

Autor: 
Guilherme Gui Batista Emidio 

quarta-feira, 23 de março de 2011

Oh! Chuva


Parei só pra ver,
A chuva cair,
pra cidade lavar
E com a poeira sumir.
As águas que daqui subiram,
Hoje regressam.
Regando sementes,
Enchendo os rios
Que agradecem.
As arvores florescem,
Dão frutos
Que alimentam os que querem viver.
Oh Chuva abençoada,
Chuva mandada por Deus.
OH Deus Abençoe com essas gotas
os filhos seus.
Lave as mentes,
Purifique as almas
E por favor
Não ligue pra esses lamentos.
Não reclamam por maldade,
É o povo cansado de tanto correr
Ansiosos por um descanso.
Querem ir viajar.
O feirado chegou,
Mochilas estão arrumadas.
Mas o céu já anunciou,
Uma tempestade carregada
O sol foi embora.
Não demora, a chuva irá cair
A poeira vai sumir.
Autor: Guilherme Batista Emidio

É no jardim que vivem as flores


É no jardim que vivem as flores,
Na praia nascem os grandes amores.
Minha mente parece um jardim,
Agora você vive em mim.
Meu coração parece o mar
E a cada contração
Forma ondas pra gente brincar,
Mas ultimamente elas batem tão forte
Que são capazes de até nos arrastar,
Nos jogar de volta no mar.
Naquele mesmo mar que te encontrei,
Que te olhei e me apaixonei.
Mas só de pensar que lá posso te perder,
Confesso me amedrontar
Você minha linda sereia
Do encantador mundo do mar
Pode querer não voltar
E agora o que posso fazer
Não posso ir lá pro fundo
Lá não consigo viver
Mas sem perceber
Não resisti, mergulhei com você.

Autor: Guilherme Batista Emidio

Surpresa pra mim!


Vou planejar,
Uma surpresa pra mim.
Quero viver
O diferente enfim.
A vida não pode ser sempre igual.
Vou fazer loucuras,
Coisas inesperadas por mim.
Mudar minha vida,
Fazer dela, uma vida legal.
Viajar pra qualquer lugar.
Pegar estradas sem destinos,
E as vezes sem fim
Vou andar
Por trilhas sem rumos,
Só pra ver onde vai dar
E onde for que eu chegar,
Lá vou estar
Vou aproveitar
Essa surpresa me guiará.
Pessoas vou conhecer
E com suas histórias de vida
Com certeza vou aprender
Coisas que há muito tempo,
Eu quero saber.

Registrada
Autor: Guilherme Batista Emidio